Gameficação, Cultura Maker e Multiletramentos

24 maio 2023
Gameficação, Cultura Maker e Multiletramentos
Em nossa reflexão, ampliaremos nossos estudos sobre cultura maker, especificamente para pensar a gameficação e suas possibilidades de multiletramento.

Quando pensamos em multiletramentos, é importante relacionarmos esse termo à globalização e à diversidade cultural.

O termo multiletramentos foi cunhado por um grupo de professores e pesquisadores dos letramentos, chamado New London Group, em meados da década de 90, nos Estados Unidos, e não parou de ganhar força e relevância nas discussões acadêmicas dos últimos anos, especificamente no segmento das TICS, ou da Cultura Maker, por exemplo.

Como observa a pesquisadora Roxane Roxo, em seu artigo Letramento e diversidade textual: a abordagem dos gêneros na escola, o que caracteriza os multiletramentos são os conceitos de multiplicidade, em especial a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos.

O que podemos observar, é que inúmeras ferramentas utilizadas nas propostas de trabalho com multiletramentos são também ferramentas utilizadas no desenvolvimento da cultura maker, por isso esse tema é interessante e aderente às nossas últimas reflexões aqui no blog, tudo “casa” muito bem e as ideias se conectam.

As ferramentas disponíveis com o uso de computadores, notebooks, e claro os aparelhos celulares, possuem grande potencial para o desenvolvimento da autoria estudantil, podendo, inclusive, auxiliar na leitura crítica e na produção de textos de diferentes formatos, explorando de forma ainda mais tangível a pluralidade cultural dos estudantes, afinal, a internet respira diversidade e manifestações culturais.

Os multiletramentos são uma forma de letramento que nasce especificamente da diversidade, principalmente da diversidade prática de mídias e linguagens, oferecidas por espaços maker, por exemplo.

Apesar de os multiletramentos não estarem especificamente condicionados à tecnologia, são mais bem desenvolvidos quando se dão por meio do que chamamos de hipermídias, é aí que a cultura maker entra em questão e dá forma para esse conceito educacional, laboratórios e espaços maker são o que possibilitam o aparecimento do multiletramentos durante a aprendizagem.

Aproveitamos para indicar o texto da pesquisadora Luciana Lopes, explorando um pouco este universo relacionado à Língua Portuguesa, chamado: O uso de ferramentas tecnológicas em aulas de língua portuguesa: cultura maker, gameficação e multiletramentos.

Ter a metodologia dentro das escolas traz a oportunidade de explorar novidades e inovações educacionais,  buscar sempre trazer metodologias alternativas é uma das maneiras de fugir do método de ensino tradicional, cada vez menos aceito pelo novo público de alunos das novas gerações.

O multiletramentos é uma alternativa para mudar um pouco, a própria BNCC reconhece que se trata de uma abordagem importante para o ensino principalmente de linguagens, uma vez que variedades linguísticas, tem se tornado cada vez mais relevante para as formas de interação em diversos contextos sociais.

Assim, essa abordagem está em perfeita consonância com os preceitos da BNCC de preparar o educando para a vida social e profissional e o pleno exercício da cidadania, de ampliar a utilização das novas tecnologias no aprendizado sem deixar de trabalhar também os ideais democráticos e de inclusão presentes no documento.

Uma coisa é certa, palavras como multiletramento fazem total sentido em um mundo onde tudo não está exclusivamente em uma única plataforma ou formato e sim em vários, não é mesmo?

Ótima semana, agradecemos mais uma vez pela leitura.
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Olá! Vamos começar?
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